A Renovação Carismática é um movimento nascido no seio da Igreja Católica e, portanto, caminha em comunhão com os pontífices romanos desde o seu surgimento, há mais de 50 anos. Prova disso são os pronunciamentos dos chefes da Igreja de Cristo, ao longo do tempo, sobre a vivacidade, a importância desse movimento para os católicos e os frutos que a própria Igreja tem colhido. Veja alguns pronunciamentos dos Papa sobre a RCC.
Papa Paulo VI e a Renovação Carismática
No ano de 1975 aconteceu em Roma o 3º Congresso Internacional de Líderes da Renovação Carismática Católica. Na ocasião, o Papa Paulo VI falou que “não há nada mais necessário do que o testemunho desta ‘renovação espiritual’ que o Espírito Santo suscita” e destacou os seus frutos: “comunhão profunda das almas, contato íntimo com Deus na fidelidade aos compromissos assumidos no batismo, na oração com frequência comunitária, onde cada um, exprimindo-se livremente, ajuda, sustenta e fomenta a oração dos outros, tudo fundamentado numa convicção pessoal, derivada não só da doutrina recebida pela fé, mas também de certa experiência vivida, a saber, que sem Deus o homem nada pode, e que com ele, pelo contrário, tudo é possível, daí essa necessidade de louvá-lo, dar-lhe graças, celebrar as maravilhas que realiza por toda parte em torno de nós e em nós mesmos”.
O Papa Paulo VI via a Renovação Carismática como uma nova oportunidade para a Igreja, ou seja, para todos os fiéis, de estreitar sua relação com Deus.
São João Paulo II, o 3º maior pontificado da história
São João Paulo II, o Papa com o terceiro maior pontificado na história da Igreja, teve muitas oportunidades de demonstrar seu apreço pelo Movimento Carismático. Em 1979, numa audiência com o Conselho Internacional da Renovação Carismática Católica ele afirmou estar “convencido de que este movimento é um sinal de sua ação (do Espírito Santo)” e que “o mundo tem muita necessidade desta ação”, visto que a humanidade está cada vez mais materialista e, por consequência, negando cada vez mais a existência do espiritual. Em combate a isso, “eu vejo este movimento (…). Através dessa ação, o Espírito Santo vem ao espírito humano, e a partir desse momento começamos novamente a viver, a encontrar-nos conosco mesmos, a encontrar a nossa identidade, nossa total humanidade”.
Em 1981, na 4ª Conferência Internacional de Líderes da Renovação Carismática Católica, em Roma, São João Paulo II destacou: “A Igreja viu os frutos de vosso zelo pela oração num firme compromisso de santidade de vida e de amor à Palavra de Deus”. Onze anos depois, numa audiência ao Conselho Internacional da Renovação Carismática Católica celebrando os 25 anos do início desse movimento, Ele afirmou que o surgimento da Renovação Carismática foi um dom especial do Espírito Santo para a Igreja.
Em 1996, São João Paulo II enviou uma mensagem aos participantes do 7º Encontro Internacional das Comunidades e Associações Carismáticas da Fraternidade Católica de Aliança. “Como não podemos louvar a Deus pelo abundante fruto que, nas últimas décadas, a Renovação no Espírito trouxe à vida de indivíduos e comunidades?”, questionou-se o Santo Padre. Ele mesmo justificou: “Muitas pessoas puderam apreciar a importância da Sagrada Escritura para uma vida cristã. Eles adquiriram um novo sentido do valor da oração e um profundo desejo de santidade. Muitos voltaram aos sacramentos. Um grande número de homens e mulheres alcançou uma percepção mais profunda de seu chamado batismal e com admirável dedicação se consagrou à missão da Igreja”.
Em 2002, discursando à delegação da Renovação Carismática, em Rímini, João Paulo II afirmou que a partir da Renovação Carismática “se experimenta o encontro vivo com Jesus, de fidelidade a Deus na oração pessoal e comunitária, de escuta confiante na Sua Palavra, de redescoberta vital dos Sacramentos, mas também de coragem nas provações e de esperança nas tribulações”.
O Papa Emérito Bento XVI falou sobre a novidade do Espírito
No ano 2008, Bento XVI fez um discurso aos representantes da Renovação Carismática Católica que se reuniram em Roma. Ele destacou que os carismas do Espírito Santo não são um acontecimento bíblico histórico que ficou no passado, mas que são uma realidade viva resgatada pela Renovação Carismática. “Os Movimentos e as Novas Comunidades são como irrupções do Espírito Santo na Igreja e na sociedade contemporânea. Então podemos dizer que um dos elementos e dos aspectos positivos das Comunidades da Renovação Carismática Católica é precisamente a importância que revestem nelas os carismas ou dons do Espírito Santo e mérito seu é ter evocado na Igreja a atualidade”, destacou o Papa emérito.
O Papa Francisco nos 50 anos da RCC
Em 2014 aconteceu em Roma o 37ª Encontro da Renovação no Espírito Santo. Na ocasião, o Papa Francisco fiz um discurso no qual definiu a Renovação Carismática como “uma Corrente de Graça na Igreja e para a Igreja”. Em outro evento, no mesmo ano, o Sumo Pontífice destacou que “foi a Renovação Carismática que recordou à Igreja a necessidade e a importância da oração de louvor”.
Em 2017, num evento que celebrou os 50 anos do Movimento, o Papa Francisco fez um agradecimento: “Obrigado, Renovação Carismática Católica, por aquilo que destes à Igreja nestes 50 anos! A Igreja conta convosco, com a vossa fidelidade à Palavra, com a vossa disponibilidade ao serviço e o testemunho de vidas transformadas pelo Espírito Santo!”.
