Sem penitência não há vida espiritual fecunda, afinal é preciso que o cristão passe pelo mundo purificando suas concupiscências em vista da santidade. São João Batista, o precursor de Jesus, teve como missão anunciar a penitência necessária: “Fazei penitência porque está próximo o Reino dos céus!” (Mt 3, 2).
Alguém já disse que a vida espiritual se assemelha a um eletrocardiograma. Feita de altos e baixos, reflete os movimentos interiores de cada filho (a) de Deus ao longo de sua história. Esse compasso é marcado por momentos fortes de amor, de sacrifícios, de renúncias, assim como de penitência.
Segundo o Compêndio de Teologia Ascética e Mística, de Adolphe Tanquerey, “a penitência, depois da oração, é o meio mais eficaz de purificação da alma pelas faltas passadas e até mesmo de prevenção das futuras”.
Como funciona a penitência na vida espiritual prática de um carismático? Quais os seus efeitos? Como vivê-la? Acompanhe conosco mais um artigo do Blog RCCBRASIL.
A vida espiritual do carismático: desafios e frutos
Muitos são os esforços diários de cada irmão e irmã carismáticos para viver uma vida interior consistente. Esse é um dos frutos do Batismo no Espírito Santo. Não dá pra termos sido tocados por Pentecostes sem perceber a inauguração de uma sede de oração profunda, expressada no desejo pela leitura da Palavra de Deus, uma verdadeira atração pela vida dos santos, um amor imenso à Nossa Senhora e a busca sempre ardente pela Eucaristia.
De igual modo, o homem velho segue em combate constante com esse homem espiritual. As concupiscências e limitações são as mesmas de antes. Os pecados ditos de “estimação” são os mesmos, também.
É necessário, portanto, que cada um empreenda um itinerário de conversão pessoal, que o leve a crescer na santidade, paulatinamente. Entre esses desafios, a vida espiritual carismática deverá buscar um caminho claro de práticas e exercícios, tais como:
- Oração Pessoal
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- Devoção Mariana e aos santos
- Vida Sacramental
- Direção Espiritual
- Grupo de Oração
- Serviço ministerial
- E a penitência
A penitência na prática cotidiana
Quando falamos sobre a prática da penitência, Tanquerey ressalta que para vivê-la de modo fecundo é preciso unir-se a Jesus, no seu mistério de sacrifício e amor. Desse modo, a penitência não tem como objetivo provar força de vontade ou determinação do penitente, mas seu amor a Jesus.
Logo, a penitência vai além da abstenção de um alimento ou na prática de um sacrifício como participar de uma Missa inteira de joelhos. São essas algumas de suas expressões. Mas a penitência está atrelada a todo e qualquer renúncia, sacrifício, sofrimento ou dor vivido pelo cristão, em união com Jesus.
Obviamente, os sacrifícios vivenciados pelos carismáticos na lida com seus irmãos e familiares, assim como com seu Grupo de Oração, se oferecidos por amor, são instrumentos eficazes de penitência.
Aceitar com resignação os sofrimentos, assim como a busca por viver com paciência os deveres da sua missão particular. Como afirma Tanquerey, “tudo se resume em cumprir esses deveres cristãmente, com boa vontade, por amor a Deus e com espírito de reparação e penitência”.
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